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Enxaqueca aumenta risco cardiovascular em mulheres

21 de Julho de 2016 - 03h20

SHUTTERSTOCK

Os resultados demonstram “que a enxaqueca deve ser considerada como um marcador importante de risco para as doenças cardiovasculares, pelo menos nas mulheres”, segundo Tobias Kurth, coordenador do estudo e diretor do Institudo de Saúde Pública Charité da Universidade de Medicina de Berlim.

A conclusão vem de pesquisa realizada por universidades dos Estados Unidos e da Alemanha, que usou base de dados de 1989 a 2011, de 115.541 enfermeiras com idade entre 25 a 42 anos, sem doença cardiovascular e com ou sem enxaqueca. Dessas, 17.531 já apresentavam a doença no início do estudo e 6.389 adquiriram a doença posteriormente. No período estudado, verificou-se que 1.329 mulheres sofreram eventos cardiovasculares e 223 morreram devido a esta mesma causa – conclusão que se manteve após ajustes de variáveis como fatores que podem aumentar riscos para enfermidades cardíacas, como idade, uso de anticoncepcionais orais, terapia de reposição hormonal pós-menopausa e tabagismo.

Em geral, o risco de eventos cardiovasculares e acidente cardiovascular foi 50% maior nas mulheres que tinham enxaqueca do que naquelas que não apresentavam o problema, independentemente da idade – sendo que o risco de infarto agudo do miocárdio foi 39% maior, o de acidente vascular cerebral 69% e o de angina 72% nas mulheres com enxaqueca. Para Tobias Kurth, coordenador do estudo e diretor do Institudo de Saúde Pública Charité da Universidade de Medicina de Berlim, os resultados demonstram “que a enxaqueca deve ser considerada como um marcador importante de risco para as doenças cardiovasculares, pelo menos nas mulheres”.

Maiores informações podem ser encontradas no British Medical Journal, http://www.bmj.com/content/353/bmj.i2610. Importante destacar que a enxaqueca afeta 10 a 20% da população mundial e é quatro vezes mais comum em mulheres do que em homens. 


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