Clínica Capozzielli

BJORN DE LEEUW
O trabalho foi apresentado em julho deste ano, na Conferência Internacional da Associação do Alzheimer, em Washington

Novas pesquisas indicam a possibilidade da saliva se tornar uma promissora ferramenta no diagnóstico precoce da enfermidade de Alzheimer. A descoberta é importante uma vez que hoje, sabidamente, os processos neurodegenerativos do cérebro têm início anos, e até décadas, antes de surgirem os primeiros problemas de memória e confusão mental. Embora ainda não conclusivo, segundo especialistas, o teste da saliva pode se tornar também importante na triagem inicial de possíveis pacientes da doença, evitando exames mais invasivos. O estudo, apresentado pelo neurocientista Shraddha Sapkota, da Universidade de Alberta, no Canadá analisou amostras de secreção salivar de três grupos de pessoas: 35 com cognição normal de envelhecimento, 25 com leve comprometimento cognitivo e 22 com enfermidade de Alzheimer. A análise comparativa das proteínas presentes na saliva de cada indivíduo permitiu descobrir os biomarcadores que representam risco da doença, o que ajuda a estabelecer quem deveria ser tratado e quando. O trabalho foi apresentado em julho deste ano, na Conferência Internacional da Associação do Alzheimer, em Washington.