Atualidades

Técnica inédita trata espinha bífida no útero

13 de Abril de 2017 - 03h48

Resultado de uma malformação no fechamento das estruturas que protegem a coluna vertebral e deixa a medula exposta ao líquido amniótico da placenta, a espinha bífida, ou meningomielocele, é uma anomalia congênita que, entre outras conseqüências, compromete as respostas motoras e neurológicas do bebê. Hoje já há novas e boas perspectivas para estes casos. A obstetra Denise Araújo Lapa Pedreira, especializada em medicina fetal e coordenadora de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desenvolveu uma técnica inédita para corrigir o problema com mais segurança tanto para a mãe quanto para o feto. O procedimento, menos invasivo, usa a abordagem fetoscópica, semelhante à laparoscopia, e ultrassonografia para identificar a placenta, o feto e a lesão. Por punção, são feitos quatro furos na barriga da gestante e o líquido amniótico é retirado e substituído por gás carbônico. Com a ajuda de uma câmera são introduzidos  instrumentos para fazer a dissecção e a sutura do defeito. O novo método permite recolocar a medula do feto no lugar correto, oferecendo o dobro de chances futuras da criança conseguir  andar,  além de reduzir pela metade o risco de desenvolver hidrocefalia.


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