Será que ter memória excepcional é bom? Não é o que pensa a australiana Rebecca Sharrock uma das 60 pessoas conhecidas no mundo que sofre de memória autobiográfica muito superior (HSAM, sigla em inglês) ou síndrome de hipertimésia. Em entrevista à BBC, ela disse se sentir sempre como uma “máquina do tempo de emoções”. Trata-se de transtorno neurológico descoberto apenas no ano 2000 e que faz o portador recordar, sem esforço e de forma imediata, informações e acontecimentos com precisão, como se fosse um filme. A condição poderia até ser considerada uma vantagem, mas ocorre que coisas ruins também são lembradas detalhadamente. A causa ainda não foi descoberta. Uma possibilidade estaria na alteração no lóbulo temporal, área que ajuda a processar a memória e é maior nos indivíduos com esta síndrome.